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Nova Iorque - Aberta oficialmente no domingo, dia 12 de janeiro, a 103ª Convenção Mundial do Varejo - NRF Retail's Big Show, tem nesta edição a missão de assegurar a introdução de novos conceitos na alma do comércio internacional.

O varejo eletrônico tem de ser uma estratégia de venda, pois chegou para ficar, e a conexão com a comunidade, arquitetura e o servir bem, através do conceito de hospitalidade, vão proporcionar aumento das vendas e ações e fidelizar o cliente. Esse foi o recado do fundador e CEO do grupo Caruso Affiliated - rede mundial líder em desenvolvimento de shopping centers -, Rick Caruso, na palestra de destaque da abertura da NRF promovida pelo Federação Nacional do Varejo dos Estados Unidos.

O setor que emprega 1 milhão de pessoas somente nos Estados Unidos tem de atentar para promover experiências imersivas no qual o consumidor sinta-se numa extensão da sua casa, como é proporcionado pela rede de cafés Starbucks, novamente apontada como caso de sucesso.

'Por mais simples que possa parecer, tomar um café perto da lareira, acessar a internet, e estar sentindo-se bem, como estivesse em casa, atrai e mantém o cliente no local, e, assim, o varejista passa para um outro patamar, torna-se um comerciante', assegurou Caruso.

Falando para um público estimado de 5 mil pessoas, no salão principal, o empresário propôs a reinvenção da rua de comércio, no conceito de shopping center aberto, para as lojas físicas prosperarem no século XXI. Na sua avaliação, nos próximos 10 anos o modelo atual de shopping center estará obsoleto.

'O shopping center começou nos Estados Unidos nos anos 50 e desde o início dos anos 2000 não se constrói mais por aqui.' Segundo ele, as pessoas cada vez mais vão querer se sentir integradas à comunidade e a loja física, em espaços de comércio abertos, tem condições de atender esse conceito.

Ainda no primeiro dia da NRF o mercado assimétrico on-line e off-line foi apresentado como estratégia de mercado para aumentar as vendas. Segundo a agência R/GA é preciso contar histórias dos produtos respeitando a atenção limitada das pessoas ao excesso de informação tanto no ambiente da loja física quanto virtual. Segundo os executivos da R/GA, John Jones e Duke Marr, que buscaram respostas em pesquisa cognitiva sobre memória curta ou imediata e sobre o excesso de estímulos visuais a partir de técnicas usadas para atrair a atenção do consumidor, podemos reter três coisas ao mesmo tempo.

'Precisamos contar história com produtos a partir da sugestão de itens, influenciando a compra, e lembrando que a atenção do cliente é limitada'. Moral da história, para os executivos de merchandising o varejista deve ser espécie de um curador: 'Aposte em alguns produtos e exponha-os sem medo de errar. Da primeira vez pode não ser o certo, mas, podemos consertar', destacaram Jones e Marr.

Lojistas gaúchos conhecem técnicas inovadoras

Na segunda-feira, a missão empresarial promovida pelo SEBRAE/RS, que reúne 60 pessoas, entre lojistas e consultores, acompanhou palestras como A Nova Era do Valor: Uma Conversa com Ginni Rometty, CEO da IBM, ou ainda verificar Em Primeira Mão: A Perspectiva do Varejo Digital em 2014, apresentada pela Forrester Research.

O presidente do SEBRAE/RS e da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado (FCDL-RS), Vitor Augusto Koch, que lidera o grupo gaúcho presente na NRF 2014, destaca a importância da presença da comitiva do Estado no maior evento mundial do varejo. 'Com as visitas técnicas que realizamos e com a oportunidade de ver de perto o que de mais novo e inovador está sendo realizado no varejo, é possível aos empresários conhecer a estratégia e a forma operacional desse mercado que se reinventa a cada ano'. Segundo Koch, 'precisamos aproveitar o momento e aprender como a loja física convive com o mercado do e-commerce que faturou US$ 27 bilhões, em 2000, nos Estados Unidos, e em 2013 fechou o ano com vendas de US$ 200 bilhões numa economia que recentemente passou por uma forte crise.'

Fonte: www.sebrae-rs.com.br