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“Não temos como prever os impactos emocionais da pandemia nas futuras gerações, mas certamente eles existirão”

26/01/2022

Eventos Geral Parceiros Voluntários Saúde e Bem-Estar
Afirmação da psicóloga Marta Chies Cousseau foi um dos assuntos abordados durante a roda de conversa alusiva ao Janeiro Branco

“O mundo não está pedindo saúde mental, como diz o slogan da campanha Janeiro Branco deste ano. Eu diria que o mundo está gritando por saúde mental”. Foi com essa frase que a psicóloga Marta Chies Cousseau abriu a roda de conversa realizada no final da tarde desta terça-feira, dia 25/01, no auditório da Apeme, em Garibaldi. O encontro reuniu psicólogos e pessoas da comunidade para abordar como a família pode influenciar na saúde mental e, como não poderia deixar de ser, os impactos emocionais que a pandemia da Covid-19 trouxe e deve continuar provocando nos próximos anos, mesmo que chegue ao esperado fim.

“É inegável que a pandemia tirou toda e qualquer certeza que tínhamos e que isso, em um país com altíssimos índices de ansiedade, faz com que a situação se torne ainda mais preocupante. Se a pessoa não está bem, falta trabalho, desiste de estudar, pode perder o emprego... E essa desmotivação gera uma cadeia de prejuízos para ela, para a família e para a sociedade, através especialmente da economia, pois impacta no dia a dia das empresas”, avaliou Marta. Ela também comentou que a necessidade de isolamento descortinou inseguranças e um medo generalizado. “Todos os planos ficaram no ‘será?’. De repente, as pessoas precisaram se reinventar, conviver e escutar. Foi uma mudança brusca com a qual nem todo mundo soube lidar. Tanto que temos percebido um grande aumento de casos de síndrome do pânico, por exemplo”, comentou.

Uma das poucas boas notícias relacionadas à pandemia, comentada por Marta, teve concordância geral da plateia: a disseminação da doença quebrou um ciclo histórico de preconceito. Uma das participantes do encontro relatou que tem percebido uma espécie de “desarmamento” de emoções. Tanto que uma conhecida a parou no meio do supermercado para contar como se sentia triste e para pedir ajuda para lidar com a perda de emprego do marido. “Isso não era comum até então. Eram raras as pessoas que falavam abertamente sobre o que sentiam, especialmente em público. Percebo que ter sentimentos parecidos, de angústia, medo ou luto, fez com que muita gente conseguisse se abrir e falar”, acrescentou a psicóloga Renata Rigon Cimadon, mediadora da roda de conversa.

O papel da família, tanto na saúde quanto na doença mental, também foi abordado, através de temas como a herança intergeracional, que pode ser positiva (se envolver cultura e memórias afetivas da família), ou traumática, quando se refere a situações que causam um grande abalo emocional e que geralmente são mantidas em sigilo por gerações. “A pandemia trouxe à tona dificuldades emocionais justamente por forçar um afastamento e ao mesmo tempo uma presença constante. Não temos como prever os impactos que isso terá no emocional das próximas gerações, mas certamente haverá consequências e não serão poucas, sobretudo envolvendo crianças e adolescentes”, lamentou Marta.

A roda de conversa “Janeiro Branco: saúde e família” foi promovida pela Parceiros Voluntários, braço social da Associação das Pequenas e Médias Empresas de Garibaldi (Apeme), e pela Associação dos Psicólogos de Carlos Barbosa e Garibaldi (Ser PSI). A conversa foi mediada pela psicóloga Renata Rigon Cimadon, coordenadora da Parceiros Voluntários de Garibaldi.

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Caroline Vieira dos Santos
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